Não sou professor de português, e estou longe de ser. Mas nas aulas de gramática, sempre ouvi dizer que substantivos e adjetivos de dois gêneros terminados em -ente não apresentam flexão de gênero terminado em -a. Por isso, não dizemos “gerenta”, “pacienta”, “clienta”, etc. Se fosse “presidenta”, por coerência diríamos: “a presidenta está contenta” ou “o presidente está contento”.
Segundo um professor da língua portuguesa, “presidenta” pertence às palavras “andróginas , hermafroditas ou bissexuadas”, como “pianista”, “jovem”, “colega”, comuns de gêneros. Assim como palavras terminadas em -nte (“amante”, “constante”, “docente”, “poluente”, “ouvinte”, etc.), não usam o / a para indicar gênero. O que confirma minha posição sobre o tema.
O fator linguístico a tornar a palavra apenas masculina ou feminina, é o artigo (o amante, a amante), o substantivo (líquido ou água poluente), e o pronome a ela ligado (nosso ou nossa contribuinte).
Muitos podem até ter o interesse em oficializar o uso da palavra “presidenta” após o desejo de Dilma Rousseff em ser chamada desta forma. Mas se isto assim permanecer, podem ter certeza que surgirá “amanta”, “constanta”, “docenta”, “poluenta”, “ouvinta”...
2 comentários:
Mito bem colocado. Não sei da onde essa gente tirou esse raio de presidenta. Só mesmo sendo bitolado e burro pra seguir este bordão inventado pelo PT!
Foi a melhor explicação que encontrei para o assunto, pelo menos até agora...
Postar um comentário