26 de janeiro de 2012

Presidente ou "Presidenta"?

Desde a primeira vez em que ouvi a referência a Dilma como “presidenta”, achei estranho. Realizei várias buscas pela internet a fim de obter a melhor explicação sobre o uso correto da palavra, e encontrei em diversos sites e blogs muitas vozes e provas de que “presidenta” está correto e pode ser usada da mesma forma que presidente. O que não me convenceu.

Não sou professor de português, e estou longe de ser. Mas nas aulas de gramática, sempre ouvi dizer que substantivos e adjetivos de dois gêneros terminados em -ente não apresentam flexão de gênero terminado em -a. Por isso, não dizemos “gerenta”, “pacienta”, “clienta”, etc. Se fosse “presidenta”, por coerência diríamos: “a presidenta está contenta” ou “o presidente está contento”.

Segundo um professor da língua portuguesa, “presidenta” pertence às palavras “andróginas , hermafroditas ou bissexuadas”, como “pianista”, “jovem”, “colega”, comuns de gêneros. Assim como palavras terminadas em -nte (“amante”, “constante”, “docente”, “poluente”, “ouvinte”, etc.), não usam o / a para indicar gênero. O que confirma minha posição sobre o tema.

O fator linguístico a tornar a palavra apenas masculina ou feminina, é o artigo (o amante, a amante), o substantivo (líquido ou água poluente), e o pronome a ela ligado (nosso ou nossa contribuinte).

Muitos podem até ter o interesse em oficializar o uso da palavra “presidenta” após o desejo de Dilma Rousseff em ser chamada desta forma. Mas se isto assim permanecer, podem ter certeza que surgirá “amanta”, “constanta”, “docenta”, “poluenta”, “ouvinta”...

2 comentários:

Paulo Marcos disse...

Mito bem colocado. Não sei da onde essa gente tirou esse raio de presidenta. Só mesmo sendo bitolado e burro pra seguir este bordão inventado pelo PT!

Anônimo disse...

Foi a melhor explicação que encontrei para o assunto, pelo menos até agora...

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